ESPAÇO CORPORATIVO PARA EMPRESA PORTUGUESA

Categoria: Corporativo | Cliente: N/A | Endereço: Matosinhos, Porto - Portugal | Área do projeto: 6.500m² | Ano do projeto: 2017

Equipe: MARCOZERO Estudio, Piratininga Arquitetos Associados | Fotos: N/A

Para a implantação dos escritórios atendendo aos requisitos, foi feita a interpretação da estrutura do prédio para recomendar a demolição das paredes internas e a remoção das as peças de acabamento, revestimentos, instalações e equipamentos existentes.

As alterações nas paredes externas são motivadas pela ampliação dos vãos. As paredes são caracterizadas por 2 planos de tijolos cerâmicos furados (9cm) com reboco e cavidade de ar. Do ponto de vista térmico, estas paredes não necessitam de outros componentes para o bom desempenho térmico.

A integração dos salões internos com vistas amplas é fundamental para alcançar os objetivos pretendidos, no caso das janelas, as caixilharias instaladas não cumprem com a legislação vigente - regulamento de desempenho energético dos edifícios de comércio e serviços – novos e intervenções e não atendem os usos propostos.

A solução de arquitetura propõe abertura de vãos maiores e alinhados com peitoris de 90cm de altura, medidos a partir do pavimento interno.

As caixilharias novas evitam as pontes térmicas são moduladas e compõe-se de parte inferior fixa e parte superior móvel para ventilação natural cruzada nos períodos de clima propício.

Os 3 conjuntos de portas que se comunicam com o exterior também seguem as mesmas especificações das janelas: acesso principal com eclusa, acesso ao pátio/novo edifício e acesso técnico em direção à sala técnica e casa de máquinas.

No centro do edifício está a PRAÇA, ponto focal de encontros informais e relaxamento para uso de todos os frequentadores do espaço. Esse ambiente, naturalmente iluminado, se estende para o jardim. Sua posição é de fácil acesso para colaboradores e visitantes, ao mesmo tempo que resguarda as outras áreas do som das conversas.

Sua localização permite também que em dias de eventos no auditório essa área sirva como um foyer informal e de suporte para coffee breaks.

A ocupação com 100% do mobiliário novo gera unidade de conjunto e a adoção de peças com design contemporâneo. A paleta de cores adotadas para as portas dos armários e dos gaveteiros volantes remete às tonalidades da marca da empresa. O contraste com as tonalidades cinza – carpete, pavimento vinílico, cadeiras e separadores frontais – e a cor preta dos pilares e teto resultam em um ambiente de trabalho vibrante.

A ocupação totaliza 99 postos de trabalho (individuais e comuns).

Com a remodelação da área externa é possível ajustar as cotas de nível entre o exterior e o interior do edifício, em razão do pavimento elevado projetado, criando uma rampa entre a calçada e a porta principal e com a implantação de um deck de madeira para nivelamento do acesso do ambiente interno e pátio criado entre o edifício principal e o Anexo. Estes elementos de projeto oferecem condições de acessibilidade universal, relacionando amigavelmente os espaços ao ar livre e os ambientes dos edifícios e são dotados de mobiliário para a permanência.

A arquitetura paisagística propõe a micro modelação do terreno, utilizando a terra retirada para a construção do estacionamento e do edifício novo. A terra acumulada molda um sutil relevo de anfiteatro coberto de relva para uso livre.

No estacionamento de carros estão 56 vagas, sendo 2 vagas para mobilidade reduzida e 5 vagas para visitantes, cabendo ainda utilizar as vagas externas para os mesmos. O circuito de vias internas oferece conforto e segurança aos utilizadores.

O tratamento paisagístico dado a esta área com piso permeável e farta vegetação qualifica os novos escritórios desde à primeira vista do conjunto.

O espaço entre os dois volumes do prédio principal configura um pátio que conecta os edifícios – principal e o do arquivo. Para conforto e proteção de chuva durante a circulação e também para oferecer condições agradáveis de permanência, é proposto um sistema de cobertura leve formado por vigas metálicas, painéis de policarbonato alveolar e aletas de alumínio para sombreamento.

Os jardins junto às vias de carro e às calçadas fazem uma transição de alturas e volumes verdes: subarbustos, arbustos e árvores. Conforto nos bancos e sombra sob as árvores favorecem a estadia ao ar livre e os percursos peatonais. As espécies propostas consideram florações ao longo do ano e fácil manutenção.

A flexibilidade oferecida pelo sistema construtivo e a localização proposta, somam-se à perspectiva de digitalização da documentação para imaginar usos futuros: sala de reunião e arquivo reduzido em 50% e, no longo prazo, a transferência do auditório, enfatizando o caráter de centro de formação e ampliando a capacidade de postos de trabalho no edifício principal.

O projeto propõe a possibilidade de abertura manual de janelas nos ambientes, proporcionando ventilação natural, tirando proveito das condições amenas da Região do Porto em certas estações do ano. Nos momentos em que as condições climáticas externas são favoráveis, os ocupantes têm a possibilidade de desligar o sistema de ar-condicionado e operar apenas com ventilação natural. O fluxo laminar de ar é assegurado por aberturas adequadamente posicionadas nas fachadas que possibilitam a ventilação cruzada.

Uma solução integrada para o desempenho de vidros e dispositivos de sombreamento foi especificamente concebido para controlar as cargas solares de acordo com cada uma das orientações solares, minimizando as cargas de ar-condicionado durante o verão, permitindo o acesso da radiação para aquecimento passivo durante o inverno, e abordando ao mesmo tempo o controle de ofuscamento e penetração eficaz da luz natural.